FATHEL - FACULDADE THEOLÓGICA

quarta-feira, novembro 23

Senso de Sobrevivência Institucional (SSI) X Senso Comum Teórico dos Teólogos (SCTT)
Eu entrei no Seminário Presbiteriano do Norte bem novinho, tinha 18 anos, mas uma coisa eu já tinha, o tal do senso de sobrevivência institucional (SSI). O que é isso? É a capacidade de saber que há coisas que não devem ser ditas ou feitas, caso você queira sobreviver em uma instituição. Muito embora o ambiente em que eu estudei, no final dos anos 80, beirasse o fascismo, onde imperava o policiamento intelectual e o denuncismo, eu consegui concluir o curso, em grande parte, pela compreensão e companheirismo de meu Tutor, o Rev. Edijéce Martins Ferreira.
Era claro para mim, que havia alunos que não tinham o mínimo de SSI. Lembro de um colega, que em uma aula de Escatologia, fez a seguinte intervenção, na presença de nosso carinhoso mestre, Rev. Éber Lenz César: : “com a licença da palavra... eu acho esse negócio de ser amilenista ou pré-milenista uma merda. Isso não salva a alma de ninguém!" Foi a primeira vez que um “merda” fora dito em uma das sacrossantas salas de aula do SPN e o professor, ruborizado, bradou: Eu não lhe dou licença para usar esta palavra aqui não! Já para fora!!! Foi este mesmo amigo (querido amigo) que em uma conversa com o, então, diretor do Seminário, respondeu à seguinte pergunta retórica “você sabe quem me colocou no cargo que eu ocupo, meu filho?”, com a assertiva dura e seca: “Sei sim, foi o Diabo!!!”. Eu não preciso lhes dizer que ele não é mais pastor presbiteriano, mas chegou a ser... imaginem vocês...
No final das contas, se você não adulterar, roubar ou matar, acaba sendo aceito como pastor em alguma denominação evangélica. Só não cometa um destes três pecados capitais. Ah... tem mais um, o da heresia. Não pode ser muito herege. Um pouco, quem não é?! Mas tem aquelas doutrinas, sobre as quais não se pode transigir. Não porque sejam pilares da fé, mas porque são as da moda, eleitas pelos “caciques do dia” como as inegociáveis. Nos dez anos em que fui professor de Teologia Sistemática e Hermenêutica do SPN (de 1994 a 2003), eu fiquei assustado com os efeitos que o excesso de SSI pode provocar nos jovens estudantes de Teologia.
Eles aprendem nas suas igrejas locais as respostas certas, elas estão no Catecismo de Westminster, e sabem que aquele é um lugar seguro para se estar e pensar. Nada fora deste estreito enquadramento é chão onde se possa pisar. Em minhas aulas, eu, frequentemente desafiava os alunos a questionarem o fundamento bíblico de suas crenças, verificando se aquilo que confessavam estava na e de acordo com as Escrituras. Mas era, e me parece que continua a ser, um esforço grande demais para a maioria deles, caminhar no espaço de oxigênio rarefeito de uma reflexão pessoal e livre.
Uma brincadeira que eu tinha prazer de fazer, era citar as Institutas da Religião Cristã, de João Calvino e pedir para que eles comentassem. Mas não qualquer citação, as cabeludas, as que não se adequam com o “senso comum teórico dos teólogos” (SCTT), adaptando uma conceito de Luiz Alberto Warat, feita para os juristas. Como pouquíssimos haviam lido Calvino e eram calvinistas de segunda ou terceira mão (explicando... acreditam no calvinismo que ouviram de alguém, que ouviu de alguém, que teria lido, que Calvino disse algo mais ou menos assim...), era fácil chocá-los. Como no dia em que mencionei o ensino de Calvino de que Jesus, após a sua morte, foi pessoalmente ao inferno para sofrer, “como que de mãos atadas”, uma vez que a nós estava destinado sofrer, morrer e ir para o inferno, as três coisas fez Jesus por nós.
O que dizer disso?! Era uma confusão só. O SSI não permitia dizer simplesmente que Calvino estava errado, mas o senso comum teórico dos teólogos dizia que a afirmação não fazia sentido (já estou vendo o número de e-mails que eu vou receber de calvinistas me perguntando em que parte das Institutas Calvino diz isso. Vá procurar, vá ler!). O grande problema é que eles não tinham escutado aquilo dos púlpitos de suas igrejas e nem tinham lido nos textos “semi-devocionais” dos calvinistas da moda de agora. E agora? Era justamente isso que eu queria lhes ensinar, que é preciso, nas palavras do Pe. Antonio Vieira, mais do que “pregar sobre os santos, mas pregar como os santos” (Sermão aos Peixes), não apenas pensar sobre o que disseram os nossos mestres e gurus, mas pensar como eles pensaram, criticar as práticas e os dogmas dominantes, como eles fizeram.
Quando deixei a Igreja Presbiteriana do Brasil, no final de 2003, havia recebido a honra de ser o paraninfo das três últimas turmas de bacharéis em teologia do SPN (são turmas anuais e não semestrais), havia sido por duas legislaturas presidente do Sínodo Central de Pernambuco e era Secretário Nacional de Mocidades, mas estava triste. Via crescer e se desenvolver nas mente de meus jovens amigos o nefasto poder da síndrome do SSI, ela havia formatado e travado de tal modo a mente dos meninos que era notório o clima de medo e insegurança em minhas aulas. Poucos tinham a coragem de me questionar ou debater comigo minhas posições e afirmações, mas não faltavam os que faziam duras críticas ao meu ensino, logo após a minha saída da sala, só pra deixar marcada sua posição ortodoxa e tradicional.
Deixei a IPB de tristeza. Tristeza com a política eclesiástica, sobre o que eu não preciso dizer muito, basta dizer que é só política, nada mais que política. E tristeza pela educação teológica, que já não conseguia formar pensadores ousados e autênticos, mas meros repetidores do que é seguro e lugar comum. A tristeza ainda não passou, mas convive com esperança de que não seja mais assim. Deixei também a IPB, a igreja de meus pais e avós, porque quero continuar pensando, quero me contradizer, ser incoerente, ou seja, quero ser eu, quero ser livre!
Com carinho,
Martorelli Dantas

sábado, outubro 8

Prefeitura de Aquidauana assina convênio com a FATHEL

Pr. Anderson, Ordalino (SEMED), Prefeito Fauzi e André (Fathel)

Prefeito Fauzi assinando o convênio com a Fathel
Buscando ampliar oportunidades de estudos, principalmente na formação superior, a Prefeitura de Aquidauana e a Fathel - Faculdade Teológica pólo de Aquidauana, firmaram convênio que beneficia os funcionários do Executivo Municipal.

A Fathel, além do curso Bacharel em Teologia, também disponibiliza pós-graduação em várias áreas e cursos livres. A instituição de ensino tem como missão preparar pessoas oferecendo uma educação que agrega valores cristãos e contribua para uma qualidade de vida consciente e participativa na sociedade.

Com essa parceria, os funcionários poderão participar dos cursos oferecidos pela Fathel, contando inclusive com descontos nas mensalidades. No pólo, está em andamento com matrículas abertas o curso Bacharel em Teologia (no sistema modular e duração de 02 anos), e os cursos livres para Ministério de Louvor e Adoração e o curso de preparação de Teatro e Musicalização infantil, direcionado para professores e líderes de crianças.

Na ocasião, participaram do ato de assinatura na tarde dessa sexta-feira, 07, o prefeito Fauzi Suleiman, o gerente de Educação, professor Ordalino Cunha, o diretor da Fathel, André José e o coordenador do pólo em Aquidauana, Pr. Anderson Meireles. "Somos uma instituição que oferece uma educação humanizada por meio da contextualização dos saberes, partindo de uma teologia sistêmica, antropológica e cristocêntrica e que contribua para tornarmos pessoas melhores, para uma vida melhor", enfatizou André, diretor da Fathel.

Já o prefeito Fauzi falou da importância da Fathel para o município, destacando que a Faculdade abre novas oportunidades de cursos superiores, consolidando Aquidauana em um grande pólo educacional. "Trata-se de uma instituição séria, respeitada e reconhecida pela qualidade do ensino, portanto, estamos oportunizando aos nossos funcionários, mais essa opção de estudo superior", concluiu o prefeito. A Fathel está localizada na Rua Marechal Mallet, 366, Centro, Aquidauana. Telefone: 3241-6722, e atende de segunda a sábado das 13 às 18h.

Fonte: Dep. Comunicação Fathel

quarta-feira, agosto 17

Ricardo Gondim lança livro em Campo Grande


Acontece no próximo dia 18 de Agosto no Auditóro do SEBRAE o lançamento do livro "PENSANDO FORA DA CAIXA" do Pr. Ricardo Gondin.
Você já deve ter ouvido a expressão “pensar fora da caixa”, pois tem sido muito usada ultimamente. Gosto muito dessa frase porque ela sugere que pensemos fora do convencional, evitando os parâmetros e paradigmas que são conhecidos, rotineiros e usuais.

Quando pensamos fora da caixa, buscamos soluções novas, caminhos diferentes, outras maneiras de resolver um problema, por exemplo. Logo, exercitamos a criatividade, que é uma atitude extremamente importante alé de melhorar muito nossa percepção sobre o que ouvimos e falamos.

É neste sentido que o professor e pastor Ricardo Gondin nos desafia a fazer em seu mais recente livro: “Para pensar fora da caixa é necessário que a Graça volte a ser pedra de toque de toda a espiritualidade e que o exercício teológico leve, até as últimas consequências, o que significa afirmar que Deus ama gratuitamente; que se reverta à tendência de transformar as igrejas em "Bingos" onde muitos buscam mialgres e poucos recebem bênçãos”.

Ainda, é preciso aprender a situar a espiritualidade numa perspectiva global. Não é possível continuar apostando que Deus prospera os crentes mesmo que gostem de supérfluos mas que ele despreza os miseráveis dos campos de refugiados africanos e das periferias urbanas brasileiras.

Pensando Fora da Caixa - Ricardo Gondim

quinta-feira, agosto 11

Fathel lança revista Teológica


A Fathel, em parceria com a FONTE EDITORIAL, lança a sua revista teológica.Neste número você encontrará artigos importantes sobre a Bíblia: exegeses, cânocidade e outros temas em sintonia com a moderna pesquisa bíblica.

A publicadora Fonte Editorial tem se tornado a principal referência no comercio brasileiro da literatura Cristã de qualidade, através de publicações de livros de alto nível de pesquisa e que oferece aos peregrinos uma conscientização madura da fé cristã.

Apesar de que cada vez mais o texto sagrado de cristãos e judeus tem sido pouco utilizado inclusive nas celebrações religiosas, acreditamos que o debate e a instrução sobre a Bíblia pode ter frutos excelentes para todos os fiéis.

Além disso temos neste volume alguns artigos de temática diversa: teologia, missão, gênero e sociologia da religião.

Acreditamos que THEOLOGAR é o caminho para o desenvolvimento de um cristianismo que traga sempre benefícios a sociedade.

sexta-feira, julho 15

Matrículas Abertas



A FATHEL, por meio da Secretaria Acadêmica, comunica que está atendendo interessados para os cursos de Graduação em Teologia, que são oferecidos nos turnos vespertino, noturno e aos sábados.

Os interessados poderão efetuar suas inscrições até o próximo dia 22 de julho, nos horários de 13h às 20h, na Sede da FATHEL, localizada na Rua 15 de novembro, nº. 1131 - Centro, próximo ao Cine Campo Grande.

Para a Gestora Acadêmica Geisa Maciel, o conhecimento adquirido na FATHEL, é imprescindível para que os alunos e futuros formadores de opinião. Uma boa comunicação e o hábito da leitura e da pesquisa possibilitam que a teologia se torne uma ferramenta de diálogo com os mais diversos setores da sociedade.

Para a realização destes objetivos e fortalecimento dos cursos, a Fathel conta com diversas parcerias, proporcionando aos acadêmicos acesso as informações e o privilégio de conhecerem de perto, professores de renome nacional e internacional.

A Fathel disponibiliza ainda outros cursos: Complementação de Estudos Teológicos (que valida o diploma de Teologia junto ao MEC); Licenciatura em Teologia, Capacitação Ministerial e Pós-Graduações nas áreas de: Bioética e Direitos Humanos, Ensino de Filosofia e de Religião, Expressões do Sagrado na Literatura e na Arte e Aconselhamento Pastoral.

As informações também podem ser adquiridas pelo telefone: (67) 3028-3131 - fathel@fathel.com.br.

Dep. Comunicação
Fathel - Faculdade Theológica

quinta-feira, junho 16

SBB realiza seminário em Campo Grande - MS

A Sociedade Bíblica do Brasil - SBB, realizara nos dias 08 à 09 de julho o SEMINÁRIO DE CIÊNCIAS BÍBLICAS.
O objetivo é promover edições do Seminário de Ciências Bíblicas em diversas partes do país, com isso, disseminar o surgimento da Bíblia Sagrada, a transmissão de seu texto, a história da sua tradução e o seu uso na missão e na igreja local.
Dirigido a pastores, líderes cristãos, obreiros, professores de escola bíblica e seminaristas, o Seminário de Ciências Bíblicas é dividido em seis grandes painéis.

Programação
08 DE JULHO
19h30 às 22h30
Tema: A Bíblia: sua natureza, funções e finalidade.
Palestrante: Vilson Scholz
Tema: A Bíblia e a Educação
Palestrante: Altair Germano da Silva

09 DE JULHO
08h30 às 17h00
Tema: A prática da Leitura Bíblica
Palestrante: Eber Cocareli
Tema: A transmissão do texto bíblico
Palestrante: Elismar Vilvock
Tema: O Trabalho da SBB
Palestrante: Elismar Vilvock

Inscrição/Informações:
Sociedade Bíblica do Brasil  0800 727 8888 e
FATHEL - Faculdade Theológica (67) 3028-3131
local do evento:
SEBRAE - Av. Mato Grosso, 1661 - Centro - Campo Grande - Investimento: R$ 20 e R$ 10 (só para seminaristas)

terça-feira, junho 14

Como a mídia manipula – e contamina – a sociedade

sorria, você está sendo manipulado!
Conservem-se livres do amor ao dinheiro e contentem-se com o que vocês têm, porque Deus mesmo disse: “Nunca o deixarei, nunca o abandonarei”. Hebreus 13:5

Este post é baseado no comercial de um novo carro, que você verá a seguir, o qual estarei logo após comentando e advertindo você dos perigos que a mídia o expõe.

Agora a pergunta que não quer calar:

Por que esse comercial do lançamento da Renault é um exemplo de manipulação midiática?

Antes, um esclarecimento: eu nada tenho contra o carro, até compraria um se tivesse mânei, mas como sou mané nóis num have mânei, não dá… Então, minha crítica é contra o comercial em si e não o carro, pela forma como ele faz a propaganda embutindo sementes malignas em meio às atraentes formas automotoras. Logo, a culpa do delito é da agência de propaganda e de quem aprovou o filme.

Para não dizer que sou radical e xiita, eu assisti e não achei nada de mais no comercial do novo Corolla, protagonizado pelos atores Wagner Moura e Selton Mello. Foi bem bolado e sem afrontar os princípios da ética judaico-cristã, além de enaltecer a amizade e companheirismo. Claro, em minha humilde opinião. Agora, o carro em si, sobre as mudanças [pura e simplesmente estéticas] feitas… se fosse pra mudar, por que não fazer uma mudança decente?
Mas, vamos ao que interessa.
Sementes malignas no spot
1. Inveja da situação do próximo
A inveja é um sentimento destruidor, cujo efeito fica bem patente no vídeo, naquele momento da bola de fogo. A Bíblia diz que “a inveja apodrece os ossos” (Pv 14.30). Não cultive esse sentimento autodestrutivo que é a inveja, pelo contrário, viva com contentamento, como bem diz o verso que abre esta reflexão. Quem já foi vítima de inveja sabe que ela nada tem de bom para ser propagada como virtude, ainda mais com apelo consumista.
2. Cobiça pelo bem do próximo
A cobiça seria a irmã-gêmea da inveja, tão destrutiva quanto. Para fins didáticos, eu classifico a inveja como subjetiva (eu não tenho algo e invejo quem tem) e a cobiça como objetiva (eu cobiço algo de alguém). Nesse sentido, o comercial incentiva a cobiçar aquilo que os outros têm, como se fosse algo proveitoso e admirável, o que sabemos, na prática, que não é. Basta lembrar do mandamento divino de “não cobiçar a mulher do próximo”. Você se sentiria bem se soubesse que havia alguém à espreita cobiçando seu cônjuge?

3. Insatisfação com nossa atual situação
Observe que não estou querendo incentivar o comodismo, muito pelo contrário, eu considero o comodismo como algo a ser combatido. Mas, a insatisfação que o comercial passa não é desse tipo, e sim a de viver insatisfeito com aquilo que já temos. Sabe a que isso nos leva? A cometer injustiças. Será que aquele carro que o invejoso explodiu já não lhe serviu antes? Já não lhe levou a vários lugares e o transportou com segurança e conforto? E outra: de quem é a culpa de um carro ficar sem combustível? Do carro ou do dono?
Esse tipo de insatisfação nos leva a um crescente desejo de ter mais e mais, sufocando-nos em dívidas. Vou até me deter um pouco mais nisso, ilustrando com a frase de um terapeuta que atende uma colega de trabalho. Esse profissional comentou com ela que atende muitas pessoas, e ela foi a primeira a lhe dizer que estava satisfeita com o que ganhava. Aliás, bastante satisfeita. Detalhe: os que não estavam satisfeitos, muitos deles, ganhavam bem mais do que ela. Insatisfação gera ansiedade, e ansiedade gera gastrite, úlcera, depressão, desespero, câncer e até suicídio. Pense nisso.
 4. Falta de gratidão com os atuais bens
Complementando o parágrafo anterior, o spot lança a semente da ingratidão nos corações desavisados, que vai brotar e frutificar as injustiças descritas. Quando eu falo de ingratidão, eu me lembro de Balaão, que espancou sua jumenta porque ela estava se desviando do anjo no caminho. Um livro interessante chamado Nos desertos da vida faz uma interessante leitura desse fato, supondo que a injustiça e ingratidão de Balaão foram tão grandes que Deus abriu sua boca. Então, a jumenta lhe perguntou: Tenho eu o costume de fazer isso com você?
Será que nós não estamos, também, agindo como Balaão, espancando quem sempre nos serviu só por que, de um momento para outro, age de modo estranho? Às vezes, essas coisas servem para salvar nossa pele, mas por estarmos contaminados e cegos pela cobiça, tal como ocorreu com Balaão, agimos de modo agressivo e irracional. Olhando por esse prisma, quem era o irracional da história: a jumenta ou o bobalhão Balaão?
Consequências diretas (pessoais) da absorção dessas idéias
■Egoísmo: as pessoas vão ficando cada vez mais apegadas ao que é seu e perdendo a sensibilidade com o sofrimento alheio;

■Inveja: as pessoas vão se tornando mais e mais hipócritas, desejando o mal para seu próximo, ao perceberem que ele possui o que elas almejam;

■Murmuração: ao não conseguir o objeto de sua cobiça [e inveja], o resultado será, inevitavelmente o da murmuração (reclamação amarga);

■Endividamento: o endividamento é o passo natural seguinte à inveja, visto que as coisas que são cobiçadas são, geralmente, aquelas inúteis caras e visadas por ladrões, agravando o círculo vicioso.

Consequências indiretas (sociais) da absorção dessas idéias

■Endividamento familiar: oendividamento familiar assumiu proporções de atenção nacional, no qual as famílias brasileiras não estão sabendo lidar com isso, entrando de cabeça nessa armadilha e colocando a corda no pescoço, às vezes, literalmente.

■Isolamento social: as famílias endividadas ou reféns dos cartões de crédito da vida acabam por se isolarem e perderem o senso de comunidade, de vida comum, com reflexos nos filhos e podendo estender-se à vida adulta;

■Materialismo evidente: a inveja associada à cobiça transforma as pessoas em meras máquinas de consumo, e coisifica o ser humano, reduzindo-o a um simples objeto descartável após o uso. Ser protagonista disso pode até ser prazeroso, mas ser a vítima é muito doloroso.

■Esfriamento espiritual: embora isso seja mais aplicado à vida cristã, eu considero isso um grande prejuízo, visto que uma vida cristã fria pode ser considerada um veículo sem combustível (desculpe o trocadilho com o comercial ;o) e não leva ninguém a lugar algum.
O que fazer para não sucumbir a essa tentação
1. Contentar-se com o que tem. Não queira abraçar o mundo com as pernas nem colocar o chapéu onde sua mão não alcança (gosto de ditados populares que encerram grandes verdades). Viva sem luxo, mas deite sua cabeça no travesseiro sem preocupações. Eu posso lhe garantir, é muito (mas muito) melhor.

2. Não gaste mais do que você ganha. O segredo de viver bem não é, como pensam muitos, ganhar muito, mas sim saber gastar. E saber gastar ou gastar bem é gastar menos do que se ganha, poupar mais do que se quer e viver com menos do que deseja. Difícil? Sim, mas possível. Para quem acha impossível, recomendo pensar de novo.

3. Buscar entender a vontade de Deus. Muitas vezes, somos tentados a querer ter tudo o que nossos olhos veem, sem nos preocuparmos se poderemos honrar o compromisso e quanto isso vai nos custar não só em termos financeiros, mas também em olheiras e cabelos. Mas, e onde fica a vontade de Deus para nós? Ora, se ela é perfeita, boa e agradável, falta algo mais para sermos felizes e estarmos satisfeitos?
4. Desenvolver senso crítico. Isso é muito importante nos dias de hoje, quando somos bombardeados sem dó pelas agências de marketing, que querem nos convencer a qualquer custo a comprar o que não precisamos, por um preço que não podemos pagar, só para impressionar quem não nos dá a mínima (rá!). Pense bem antes de comprar, pois você não terá muito o que fazer depois que descobrir que não pode pagar.

sexta-feira, junho 10

Não Perca! O 2o. THEOlogando INTERNACIONAL


A Fonte Editorial em mais uma demostração de ousadia e preocupada em oferecer uma teologia de qualidade realizara um grande encontro de Teologia e Ciências da Religião em São Paulo, o evento acontecera de 14 a 16 de Setembro.

Já estão confirmadas as presenças internacionais de Andrés Torres Queiruga (Espanha), Clara Luz Ajo (Cuba) e J. Harold Ellens (Eua) além de diversos conferencistas do Brasil.

Em breve instruções para inscrição pessoal e de comunicações.

quarta-feira, junho 1

Por um cristianismo mais humano e menos institucional


Nos últimos anos, tivemos uma enxurrada de publicações das obras de Tolstói em português (1), a maioria das traduções feitas diretamente do russo.

Liev Tolstói (1828-1910) foi um grande romancista russo, internacionalmente conhecido pelos clássicos Guerra e Paz (Tolstói, 2007a) e Anna Karienina (Tolstói, 2009a). Foi rico, um filho da aristocracia, e casou-se com Sófia Sônia Andrêievna Bers (1844-1919), com quem permaneceu casado por 48 anos e teve 13 filhos. No final de sua vida, tornou-se pacifista e escreveu textos questionando a autoridade das igrejas, dos governos e a noção de propriedade privada – textos como O reino de Deus está em vós, de 1893, que acaba de receber esta nova edição (Tolstói, 2011a). Recentemente, também foi lançado o livro Os últimos dias de Tolstói (Tolstói, 2011b), que apresenta cartas, discursos e ensaios elaborados, entre 1882 e 1910, pelo célebre autor russo.

Tentamos ler novamente o livro O reino de Deus está em vós (ou O cristianismo apresentado não como uma doutrina mística mas como uma moral nova) (Tolstói, 2011a), desta vez sem levar em conta algumas ideias que consideramos refutáveis. Não temos a intenção de desqualificar a obra de Tolstói, muito menos deixar de reconhecer suas inegáveis e radicais contribuições. Sabemos que é recorrente o fato de muitos cristãos o classificarem como deísta e, a partir desta chave de leitura, desqualificarem tudo o que partiu de sua pena. O próprio Tolstói reconheceu isto no livro: “censuraram-me pela interpretação errada de uma ou outra passagem da Bíblia; porque não reconheço a Trindade, a Redenção e a imortalidade da alma” (p. 39).

Duvidamos da possibilidade, supostamente enunciada por Tolstói, do ser humano alcançar plenamente a Verdade ou assimilar o cristianismo de forma pura. Admitimos que sua obra está impregnada com a ideia de progresso, própria de sua época. São muitas as referências a um suposto “desenvolvimento” ou “progresso da consciência”, “progresso da humanidade” (2) – evidente no exemplo dos cavalos atrelados a uma carroça (cf. p. 323) – que, após o nazismo e outras experiências desastrosas dos séculos vinte e vinte e um, tornou-se insustentável. Mas em outros momentos da obra, Tolstói parece negar este “progresso”. E o fato desta obra ter despertado Mahatma Gandhi e diversos movimentos para o princípio da não-violência já é suficiente prova de sua relevância.

domingo, maio 29

Palestra "O EXISTENCIALISMO EM KIERKEGAARD"


A FATHEL em parceria com o Departamento de Graduação em Filosofia da UCDB na pessoa do Coordenador do curso o Prof. Moacir realizaram no último dia 20 de maio no auditório do bloco B aos acadêmicos de Filosofia, Psicologia e Direto a palestra: "O EXISTÊNCIALISMO EM KIERKEGAARD- O homem, a Angustia e a sua Existência".
Søren Aabye Kierkegaard (Copenhague, 5 de Maio de 1813 — Copenhague, 11 de Novembro de 1855) foi um filósofo e teólogo dinamarquês. Kierkegaard criticava fortemente quer o hegelianismo do seu tempo quer o que ele via como as formalidades vazias da Igreja da Dinamarca. Grande parte da sua obra versa sobre as questões de que como cada pessoa deve viver, focando sobre a prioridade da realidade humana concreta em relação ao pensamento abstracto, dando ênfase à importância da escolha e compromisso pessoal. A sua obra teológica incide sobre a ética cristã e as instituições da Igreja. A sua obra na vertente psicológica explora as emoções e sentimentos dos indivíduos quando confrontados com as escolhas que a vida oferece. Como parte do seu método filosófico, inspirado por Sócrates e pelos diálogos socráticos, a obra inicial de Kierkegaard foi escrita sob vários pseudónimos que apresentam cada um deles os seus pontos de vista distintivos e que interagem uns com os outros em complexos diálogos. Ele atribui pseudónimos para explorar pontos de vista particulares em profundidade, que em alguns casos chegam a ocupar vários livros, e Kierkegaard, ou outro pseudónimo, critica essas posições. A tarefa da descoberta do significado das suas obras é pois deixada ao leitor, porque "a tarefa deve ser tornada difícil, visto que apenas a dificuldade inspira os nobre de espírito". Subsequentemente, os académicos têm interpretado Kierkegaard de maneiras variadas, entre outras como existencialista, neo-ortodoxo, pós-modernista, humanista e individualista. Cruzando as fronteiras da filosofia, teologia, psicologia e literatura, tornou-se uma figura de grande influência para o pensamento contemporâneo.
A Palestra ficou a cargo do Prof. Dr. Ricardo Gouvêa.

Ricardo Gouvêa lança seu novo livro no 13º. THEOlogando -MS


O Prof. Ricardo Gouvêa presente no 13º. THEOlogando - MS, evento realizado pela Fathel, em parceria com a Editora Fonte Editorial, apresentou a mais nova de sua publicações: " O ANTICRISTO na Bíblia e na História".


Ricardo Gouvêa apresenta neste novo livro, uma reflexão bastante diferente das escatologias que estamos acostumados a ouvir, para muitos poderá ser avassalador e polêmico, mais que inegavelmente propõe a transmutação de todos os valores, mitos e conhecimento adquiridos nos últimos anos repassados pela igreja.


O livro pode ser adquirido pelo site: http://www.fonteeditorial.com.br/

FTLA-Brasil propõe núcleo em Campo Grande

Em reunião realizada no dia 20 de maio de 2011, na sede da FATHEL-Faculdade Theológica com a presença do Pr.Carlinhos Veiga, presidente da FTLA - Fraternidade Teológica Latino Americana - Brasil, acompanhado do secretário executivo Wilson Costa, explanaram aos presentes a reestruturação da FTLA, e a necessidade da criação de núcleos regionais, que facilitara a participação de mais regiões nas discussões teológicas relevantes a igreja e a sociedade em geral.

sábado, maio 21

Fathel de Aquidauana inicia treinamento para Ministérios de Adoração

     A FATHEL – Faculdade Theológica pólo de Aquidauana, iniciou nesta sexta-feira, 20, às 19h o curso de Treinamento para Louvor Adoração voltado Ministérios de Adoração, que também terá uma turma aos sábados a partir das 13:30h.
     O treinamento tem duração de 09 meses e o valor do investimento mensal é de R$ 85,00, com aulas práticas e teóricas. É direcionado para levitas, músicos e integrantes de conjuntos e ministérios de adoração das igrejas. Os interessados ainda podem procurar o pólo da Fathel para realizar a inscrição.
BACHAREL
     Já o curso de Bacharel em Teologia (com duração de 2 anos) que tem convalidação pelo MEC, segue com as inscrições abertas no sistema modular e professores capacitados e habilitados.
     Os interessados podem procurar o pólo da Fathel em Aquidauana, localizado na Rua Marechal Mallet, 366 – Centro, das 13:30h às 18h de segunda a sábado, ou ligar no 3241-6722, ou através do email: aquidauana@fathel.com.br

terça-feira, maio 10

13º. THEOlogando- MS.


Acontecerá nos dias 19 e 20 de Maio no auditório da ANOREG, a 13ª. SAT- Semana de Atualização Teológica da FATHEL.
Este evento contará com a presença do Prof. Eduardo Proença sócio proprietário da Editora Fonte Editorial e detentora no slogan "THEOlogando".
A Editora Fonte Editorial tem se tornado a principal referência no comercio brasileiro da literatura Cristã de qualidade, através de publicações de livros de alto nível de pesquisa e que oferece aos peregrinos uma conscientização madura da fé cristã.
A parceria com a Fathel permitira o uso do slogan em nossa SAT, que a partir desta edição ficara: 13º. THEOlogando- MS.
Com isso a sociedade Campo-grandense terá acesso e o privilegio de acompanhar os lançamentos de edições de qualidade, que se restringia ao mercado paulista, mas que agora, a Fathel e a Fonte Editorial oferecem também ao povo Sulmatogrossense.
Você esta convidado a participar, confira a programação:
Dia - 19/05/2011
19h - Palestra
Tema: Arte, Cultura e Missão Integral
Palestrante: Prof. Pr. Carlinhos Veiga
Pres. Da FTLA-Brasil - Fraternidade Teológica Latino Americana
20:30h Lançamento do Livro e noite de autógrafos
"O ANTICRISTO" História, Mito e Teologia
Com Ricardo Quadros Gouvêa
Dia - 20/05/20011
19h - Palestra
Tema: Vida Pastoral em Equilibrio
Palestrante: Prof. Pr. Wilson Costa
Secretario da FTLA-Brasil - Fraternidade Teológica Latino Americana

O evento é gratuito e esta aberta ao publico, para mais informações o telefone de contato é 67-3028-3131 com André , Dulce ou Geisa

terça-feira, maio 3

Fathel também oferece Bacharel em Teologia e curso Louvor e Adoração

A Fathel de Aquidauana, também está com as inscrições abertas para curso de Louvor e Adoração previsto para iniciar dia 21 de maio em duas turmas, aos sábados no período vespertino e sexta-feira a noite, também com vagas limitadas.

Já o curso de Bacharel em Teologia (com duração de 2 anos) que tem convalidação pelo MEC, segue com as inscrições abertas no sistema modular e professores capacitados e habilitados.

Os interessados podem procurar o pólo da Fathel em Aquidauana, localizado na Rua Marechal Mallet, 366 – Centro, das 13:30h às 18h de segunda a sábado, ou ligar no 9944-4721, falar com o Pr. Anderson Meireles, ou através do email: aquidauana@fathel.com.br


Fathel abre inscrições para curso de Aconselhamento Pastoral

 
A Fathel – Faculdade Teológica pólo de Aquidauana, está com as inscrições abertas para o curso de capacitação em Aconselhamento Pastoral. O curso será totalmente apostilado e com certificado de conclusão. Terá duração de 03 meses, com 60 horas e aulas uma vez por semana. Está programado para começar em maio com vagas limitadas.

Podem participar pastores e lideres religiosos, que pretendam se aprofundar na reflexão e prática de aconselhamento para o mundo contemporâneo.

Fazem parte do curso as seguintes disciplinas: modelos e metodologias do aconselhamento; Teologia e Ética no aconselhamento pastoral; Ética, desejo e cultura de consumo; Saúde mental e comunidade; Fundamentos teológicos do aconselhamento pastoral; Aconselhamento pastoral e comunicação interpessoal; Aconselhamento familiar e conflitos; Aconselhamento educativo; Intervenções em crise; A Bíblia como recurso terapêutico e Teoterapia.

O curso tem a coordenação da professora Sibeli Azambuja Molina, Bacharel e Licenciatura em Psicologia com ênfase Psicologia Clinica – Uniderp/MS, Bacharel em Teologia – Seminário ESMI/MG, Graduação em Educação Religiosa – Instituto Betel Brás/PB, Especialização em Teoterapia Multifocal – Unifil/PR, Especialização em Infância e Adolescência – IPP/MS e Especialização em Didática do Ensino Superior (Unifil/PR).

Os interessados podem procurar o pólo da Fathel em Aquidauana, localizado na Rua Marechal Mallet, 366 – Centro, das 13:30h às 18h de segunda a sábado, ou ligar no 9944-4721, falar com o Pr. Anderson Meireles.

terça-feira, abril 5

O herege!

Sobre Fé e conhecimento

Por:
*Marcos Henrique Garcia dos Anjos

Foi questionado com respeito à possibilidade de a teologia ou a sociologia ter me deixado incrédulo. Esse questionamento me levou a algumas reflexões úteis com respeito à questão religiosa pós-moderna e como ela coloca os pressupostos das questões.

Primeiramente, uma questão religiosa precisa de uma base bíblica que ser colocada. E de fato, a questão foi recheada com o texto de Genesis capitulo três onde a mulher come o fruto da arvore do bem e do mal. Na perspectiva da maioria dos evangélicos, e na quase totalidade dos pentecostais, a tal arvore é a arvore do conhecimento, e não a arvore que dá conhecimento do bem e do mal. Aparentemente um mísero jogo de palavras, mas que pode provocar profundas mudanças de significados sobre o tema de que estamos falando. O texto hebraico não diz nada de conhecimento, está falando dos cultos iniciáticos babilônicos ou egípcios, onde a prosperidade era obtida por meio do conhecimento esotérico, que geralmente eram guardados pelo deus serpente. Não é necessário ser um gênio para deduzir isso a partir do texto, e de qualquer comentário que preste, ou um livro de arqueologia da religião antiga.

Segundo ponto é que não sou Crente. Lembro-me do saudoso Fox Molder (Arquivo X anos 90), que tinha um quadro escrito eu quero acreditar. Eu digo, eu não quero acreditar....e isso deve-se ao simples fato que se Deus existe, eu não preciso me desdobrar existencialmente para compreende-lo, ou ainda, para senti-lo. Se Deus se manifesta como Fenômeno, e não como discurso, eu não preciso crer para percebê-lo, imagine quanto incrédulos havia dentre o povo de Israel ao cruzarem o mar vermelho ou quando Jesus multiplicou os pães. Se Deus depende da crença de alguém para fazer sua vontade, então ele é fruto da imaginação das pessoas, e não passa de fenômeno parapsicológico barato. Se Deus existe de fato, existe independentemente da minha opinião, crença ou conhecimento.

Em terceiro lugar, o conhecimento é algo importante, principalmente quando desejamos entende o que é o homem (e a mulher). Os humanos não passam de um bando de macacos e macacas sem pelos, que pensam. Se crê-se em Deus, crê-se de forma consciente e razoável. Os animais podem até adorar a Deus, mas não crêem, porque não pensam racionalmente sobre as coisas, apenas se relacionam com o ambiente sensível. O conhecimento liberta da religiosidade idiota. Os textos do Velho Testamento ensinam uma religião materialista e simples, onde apresenta-se o sacrifício, toma-se seu vinho e trabalha-se. O Novo Testamento semelhantemente ensina que não devemos ser religiosos de forma alguma, deve é ter amor pelas pessoas e fazer o que é certo. No evangelho de João (Favor ler o texto), ele transforma a água da religião judaica em vinho da alegria das festas ágape, sim, é vinho, somente os analfabetos da Bíblia de estudos pentecostal é que acreditam que aquilo não seria vinho. Depois ele ensina Nicodemos que tem que nascer de novo, ou seja, purificar por fora, com água, livrando-se da pratica do pecado e da religião farisaica, em seguida fala da limpeza interior, modificando o espírito (pneuma = vento = vida interior, humor e sentimento), com pensamentos coerentes com a vontade de Deus; depois Jesus ensina uma Mulher samaritana que Deus se adora em espírito e em verdade, e não no templo de Jerusalém ou na Samaria. Dualidade espírito e verdade, segue o mesmo raciocínio da relação água e espírito, pois verdade é a realidade material da coisas. No texto seguinte, Jesus cura um aleijado dentro de um templo pagão de culto aos anjos. Logicamente que os analfabetos bíblicos acham que a Igreja tem que ser Betesta, mas Betesda era apenas um “centro espírita” com um gêiser de águas termo-ferruginosas. Recomendo que aprendam a ler a Bíblia...

Por assim dizer, eu não creio no paradigma crer para entender, e muito menos no reverso entender para crer. Acredito que o conhecimento de Deus é simples, pois aponta para o homem como finalidade da ação (missão), demonstra, entre outras coisas, que a religião é inútil, e que crer em Jesus implica em uma prática coerente de vida. A religiosidade é totalmente desnecessária, e a Bíblia ensina isso, tanto que no Livro do Apocalipse está escrito que no reino de Deus não haverá mais templos. Ou seja, a vontade de Deus é que seus filhos e filhas expressem sua vontade e seu reino no mundo, isso não significa igrejas, templos, programas mentirosos de TV, dízimos e ofertas, significa apenas que seus filhos sigam o exemplo de Jesus, amando o próximo e vivendo da melhor forma possível.
 
Prof. Marcos Garcia é:
Bacharel em Agronomia (FEIS-UNESP/SP)

Formação em Teologia (Seminário Sul Americano/MS)
Especialização em Didática do Ensino Superior (FATHEL-UNIFIL/PR)
Especialização em Crescimento de Igreja MDiv (Faculdade Sul Americana/PR)
Bacharel em Ciências Sociais (UFMS/MS) - em andamento

quarta-feira, março 30

SODOMA É AQUI! com Hermes C. Fernandes (Versão Completa)




 Jeferson disse...


quando vi esse video pensei puxa vida 50 minutos?rs... mas assisti e valeu a pena, muito bom, quem dera a gente tivesse em todos os cultos mensagens desse nivel.

29 de março de 2011 22:05


PRESBÍTERO RANGEL disse...

Com certeza uma das melhores e mais inspiradas mensagens do Bispo Hermes.

30 de março de 2011 09:09



Jhon.sax.linux disse...

É impressionante como ele fala do verdadeiro evangelho de Jesus, quantos valores tem se perdido... Não é dificil encontra -los, não precisa ir muito longe...

Digo que absorvi muitas coisas, vou tentar passa -lo na igreja, é realmente edificante.

30 de março de 2011 13:06


luiz ramos de oliveira disse...

Bom Demais esse video do Bispo Hermes

Como precisamos de Palavras como essa,

que traz esclarecimentos ao povo de Deus,

para não serem mais iludidos, com tantos

ensinamentos errados.

30 de março de 2011 13:34


Renato HOFFMANN disse...

Gostaria de parabenizar o Hermes, mais uma vez, nesse espaço. Embora discorde, pontualmente, de algumas questões, e conceitos, como é o caso da promiscuidade. Contudo, divergências à parte, a mensagem foi fantástica, sóbria, evangélica (digo, DO EVANGELHO DE CRISTO).


Dois momentos que gostaria de ressaltar, aos 29'e 55" do vídeo, em relação ao gestor público que olha para cruz, enxerga Cristo, quando a mulher pobre, miserável, faminta, não gasta os R$ 10,00 consigo mesma, para tomar seu café na padaria, mas resolve comprar arroz para seus filhos, igualmente famintos! Deus é amor, e se faz partilha por todos nós.


Outro momento, aos 47' e 55" dos meninos olhando as pizzas, lembrei-me de uma cena que me fez parar o carro, quando estava indo para o clube, sábado, era hora do almoço, e 3 crianças comiam numa vasilha de plástico,sentadas na calçada, todas elas, na mesma vasilha. Uma dava uma colherada, depois a outra e a outra, uma espera a outra sua vez. Observei aquilo, quando a pessoa que estava comigo disse: "Renato podemos passar no mercado; arrumamos pratinhos para todos!" e eu respondi: "bobagem, a cena é cruel, mas é linda! Cruel pela miséria, linda pela partilha, lembra-me que Deus é trino e tudo nele é compartilhado entre as pessoas divinas, sem egoísmo. Não quero tomar delas esse momento de Cristo, vem comigo, vamos fazer diferente!" Saímos e compramos Coca-cola (2,5l) copos descartáveis, e providenciamos recursos para a janta e os dias seguintes.


De fato, debruçam sobre o PLC 122/06, mas não se debruçam sobre o EVANGELHO. Não entram no Reino de Deus e impedem os outros de entrarem!

Parabéns Hermes, por tudo!

30 de março de 2011 15:33

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TEOLOGIA

Tese de doutorado em Oxford afirma que Deus era casado



Conquistar um título de doutorado em Teologia na conceituada Universidade de Oxford, Inglaterra, não é algo fácil. Quando se é mulher e ateia, torna-se algo ainda mais complicado. Mas Francesca Stavrakopoulou chegou lá e hoje é professora do departamento de Teologia e Religião na Universidade de Exeter e apresenta semanalmente uma série produzida pela BBC chamada Os Segredos Escondidos da Bíblia.

No episódio que foi ao ar duas semanas atrás, ela divulgou a sua tese: os antigos israelitas pensavam que o seu Deus Yahweh [Jeová] foi casado. Ou seja, o politeísmo, adoração de muitos deuses, não foi uma corrupção de alguns israelitas do monoteísmo. Eles tinham, segundo ela, bons motivos para crer que havia mais de um deus.

Segundo a pesquisadora, as primeiras versões da Bíblia apresentavam uma deusa da fertilidade, Aserá, como a possível companheira de Deus. Mas essa não é uma ideia nova. Em 1967, o historiador Raphael Patai já defendia que os antigos israelitas adoraram tanto Yahweh quanto Asherah (Aserá, em português).

Para “provar” a existência dessa suposta “esposa de Deus” são citados indícios em textos antigos, amuletos e estatuetas encontradas por arqueólogos nas ruínas de uma cidade cananéia, na região de Kuntillet Ajrud, que hoje pertence à Síria. Inscrições em cerâmica encontrada no deserto do Sinai também mostrariam que Yahweh e Asherah eram adorados em conjunto. Também colaboraria para isso a passagem no Livro de 1 Reis que menciona uma imagem da deusa colocada no templo do Senhor e teria sido adulterada posteriormente.

Presidente do Centro de Estudos Judaicos do Arizona e do Instituto Albright de Pesquisas Arqueológicas, J. Edward Wright defende a tese de Stavrakopoulou, afirmando que várias inscrições hebraicas mencionam “Yahweh e sua Asherah”. Ele acrescenta que o nome de Asherah não foi inteiramente retirado da Bíblia por seu editores do sexo masculino.

Wright explica que ela era uma divindade importante, símbolo de fertilidade no antigo Oriente, conhecida por sua força e cuidado. Afirma ainda que seu nome por vezes foi traduzido como “árvore sagrada”. Há relatos de que essa árvore foi “cortada e queimada fora do Templo, numa atitude de certos governantes que tentavam ‘purificar’ o culto e dedicar-se à adoração de um único Deus masculino, Yahweh”. ”Mas os vestígios dela permanecem e, com base nisso, podemos reconstruir o seu papel nas religiões do Levante do Sul”, conclui o estudioso.

Aaron Brody, diretor do Museu Bade e professor adjunto de Bíblia e Arqueologia na Pacific School of Religion, diz que os antigos israelitas eram politeístas e que só uma “pequena porção” adorava apenas a um Deus. Para ele, foi o exílio de uma comunidade de elite dentro da Judeia e após destruição do Templo de Jerusalém em 586 AC que os levaram a uma “visão universal do monoteísmo restrito.”

A popularidade de Stavrakopoulou com o programa de TV está gerando curiosidade sobre seus livros e artigos, que são a base da série da BBC. Tradicionalmente o material da emissora inglesa é exportado para o mundo todo, portanto essa questão logo deverá chegar a muitos países.


Data: 30/3/2011 09:13:25
Fonte: Pavanews

terça-feira, fevereiro 22

Frase do dia.



"Tem muito "PASTOR" por ai que ao invés de levantar oferta no culto devia cobrar COUVERT ARTÍSTICO! "
Danilo Fernandes


Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/

quarta-feira, fevereiro 16

Frade nota 10


Frade Demetrius dos Santos Silva

Sou Padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas. Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada ! Nunca gostei de ver a Cruz em tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são vendidas e compradas. Não quero ver a Cruz nas Câmaras Legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte. Não quero ver a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados. Não quero ver a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas (pobres) morrem sem atendimento. É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa da desgraça dos pequenos e pobres.


Fonte:
Prof. Jânio Batista de Macedo
Presidente da AMAPE
Associação de Moradores do Residencial Maria Aparecida Pedrossian
www.amapems.blogspot.com

A Teologia em Crise

Prof. Ricardo Goldim
Sou um professor de Teologia em crise. Não com minha fé ou com minhas convicções, mas com a dificuldade que eu e outros colegas enfrentamos nos últimos anos diante dos novos seminaristas enviados para as faculdades de teologia evangélica. No início de meu ministério docente, recordo-me que os alunos chegavam aos seminários bastante preparados biblicamente, com uma visão teológica razoavelmente ampla, com conhecimentos mínimos de história do cristianismo e com uma sede intelectual muito grande por penetrar no fascinante mundo da teologia cristã. Ultimamente, porém, aqueles que se matriculam em Seminários refletem a pobreza e mediocridade teológica que tomaram conta de nossas igrejas evangélicas. A grande maioria dos novos vocacionados chega aos Seminários influenciada pelos modismos que grassam no mundo evangélico. Alguns se autodenominam "levitas". Outros, dizem que estão ali porque são vocacionados a serem "apóstolos". Tento fazê-los compreender que os levitas, na antiga aliança, não apenas cantavam e tocavam instrumentos no Templo, como também cuidavam da higiene e limpeza do altar dos sacrifícios. Porém, hoje em dia, para os "novos levitas" basta saber tocar três acordes e fazer algumas coreografias aeróbicas durante o louvor para se sentirem com autoridade até mesmo para mudar a ordem dos cultos. Outros há, que se auto-intitulam "apóstolos". Dentro de alguns dias teremos também "anjos", "arcanjos", "querubins" e "serafins". Nunca pensei que fosse escrever isso, pois as pessoas que me conhecem geralmente me chamam de "progressista". Entretanto, ultimamente, ando é muito conservador, "saudosista" ou "nostálgico". Tenho saudades de um tempo em que havia um encadeamento lógico nos cultos evangélicos, em que os cânticos e hinos estavam distribuídos equilibradamente na ordem do culto. Muitas pessoas vão à Igreja muito mais por causa do "louvor" do que para ouvir a Palavra que regenera, orienta e exige de nós obediência. Percebo também que alguns colegas pastores de outras igrejas freqüentemente manifestam a sensação de sentirem-se tolhidos e pressionados pelos diversos grupos de louvor. O mercado gospel cresceu muito em nosso país e, além de enriquecer os "artistas" e insuflar seus egos, passou a determinar até mesmo a "identidade" das igrejas evangélicas. O apóstolo Paulo dizia que a Palavra não está aprisionada. Mas, em nossos dias, os ministros da Palavra, estão – cativos da cultura gospel. Um aluno disse-me que, no dia em que os evangélicos tomarem o poder no Brasil acabarão com o carnaval, os cinemas, os bares e as danceterias. Acabarão? Nunca houve tanta afluência de jovens nos seminários como nos últimos anos. A preocupação dos colegas era: onde colocar todos esses novos pastores? Na minha ingenuidade, sugeri que seria uma grande oportunidade missionária: enviá-los para iniciarem novas comunidades em zonas rurais e na periferia das cidades. De fato, percebi que alguns realmente se mostravam decepcionados ao saberem que teriam que começar seu ministério em um lugar pequeno, numa comunidade pobre, fazendo cultos nos lares, cantando às vezes "à capela" e sem o apoio dos amplificadores e mesas-de-som. Na maioria dos Seminários hoje, os alunos sabem o nome de todas as bandas gospel, mas não sabem quem foi Wesley, Lutero ou Calvino. Sei que muitos que lerem esse desabafo, não concordarão em nada com o que eu disse. Mas não é a esses que me dirijo, e sim aos saudosistas como eu, nostálgicos de um tempo em que o cristianismo evangélico no Brasil, era realmente referencial de uma religiosidade saudável, equilibrada e madura e em que a Palavra lida e proclamada valia muito mais que o último CD da onda, e os “glórias a Deus” e os “fala Deus“, ecoavam no santuário .

Fonte: creio.com

segunda-feira, fevereiro 14

Governo e a Igreja Instituição católica: a dissimulação

Por:
JOAQUIM PACHECO DE LIMA*

Revista Espaço Acadêmico in colaborador(a), política, religiões


Há uma inflexão entre o Governo Dilma e a Igreja-Instituição católica. Em entrevista a Folha de São Paulo, 19.01.2011, o Arcebispo de Brasília, aponta que para o diálogo é preciso que a presidenta explicite suas convicções religiosas. A postura de Dom João de Aviz, [conheço-o desde os idos de 1980 na diocese de Apucarana-PR, nos estudos filosóficos e teológicos] e continua com a mesma visão de homem, mundo e sociedade, neotomista, referenciado na teologia fenomenológica europocêntrica. A sua referência política – poder – é a da terceira via, a democracia cristã. Tal corrente política restou o fracasso nas experiências postas (Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Grécia, etc.). O ex-coordenador de pastoral apucaranaense não é um dogmático, mas tem a missão de estabelecer o diálogo Estado-Igreja sem provocar conflito explícito. Defensor da ‘desigualdade’ como ordem natural da sociedade, a prédica nega, por isso, incumbe-lhe o papel de distender conflito ideológico com o pensamento marxista (PT, PC do B e a plêiade de correntes) dissimulando neutralidade, mas também delimitando campo para evitar que os seus próceres aliem-se a corrente oponente, inimiga. O apoio do parlamentar Gabriel Chalita (PSDBS-SP), por razões particulares da política, a campanha da presidenta Dilma acendeu o farol. Noutro campo, quer demarcar e esconder a aproximação com a social-democracia (PSDB). Faz jogo de movimento (gramsciano) com setores do petismo no governo (o ‘igrejeiros’ da antiga corrente Articulação).


A aproximação política da Igreja Universal com o Governo Dilma é notória – por meio da TV Record no embate ideológico. A TV do pastor Edir Macedo, inimiga da TV Globo e da Folha abre espaço para de defesa dos atores e idéias governamentais, contrapondo os seus inimigos no campo da mídia. Por outro lado, setores da Pastoral Social da Igreja Católica e os movimentos sociais aproximados (CPT-CIMI, Movimentos de Barragens, mulheres, setores do MST, Direitos Humanos e outros) fomentam rusgas no campo pragmático do realismo político x princípios matriciais partidários, socialismo – utopia.

O arcebispado de Brasília, desde a ditadura e na redemocratização, assumiu postura de defesa da ordem e do pensamento conservador. Considerando a complexidade econômica, cultural e política da sociedade brasiliense, ou dos candangos a identidade da Igreja como ‘capelã dos militares’ não respondia mais a demanda pela nova identidade simbólica religiosa. Para encurtar o diapasão Igreja-mundo, Igreja-sociedade e mediar as relações com o poder-central a Santa Sé escolhe a dedo um de seus colaboradores para tal tarefa.

A tentativa de aplicação dos princípios e valores cristãos (solidariedade, partilha, equidade, igualdade, etc.) na vida política nacional e internacional como mimetização do liberalismo, que tem como matriz a propriedade privada e o mercado, escondem uma manipulação grosseira dos elementos religiosos para fins econômicos e interesses políticos das classes dominantes. Na ideologia as idéias não podem explicitar contradições.

O sistema capitalista e globalizado pode aparecer envolto de um ‘aroma religioso’ e sua capacidade de produzir e reproduzir mais-valia, classes sociais, também produz e reproduz seu próprio universo simbólico, sua espiritualidade, e sua religião. Capaz as contradições e dissimulações é papel da hermenêutica, da ciência, da filosofia e da teologia.

Na gênese do Capital está a morte, no Deus de Jesus de Nazaré está a Vida em abundância. Conciliar, mimetizar tal antagonismo somente com dissimulação.
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* JOAQUIM PACHECO DE LIMA é professor de filosofia e sociologia. Colaborador da CPT – junto ao Regional da CNBB-Sul II de 1984-1994.


DEPUTADOS ENCRENCA

Casal evangélico acumula denúncia e escândalo na Câmara


A deputada federal estreante Antônia Lúcia e o deputado federal Silas Câmara, reeleito para o quarto mandato, têm muito em comum. Eles são evangélicos, líderes da Assembleia de Deus e filiados ao mesmo partido, o PSC. Casados, moram na mesma casa, em Manaus. A única diferença é que foram eleitos por Estados diferentes: ele pelo Amazonas, ela pelo Acre. O caso pode parecer estranho, mas é formalmente legal. Foi a maneira encontrada para driblar a lei. Se tivessem o título de eleitor no mesmo Estado, não poderiam ser candidatos ao mesmo cargo. Em Brasília, vão morar juntos, no apartamento funcional ocupado por Silas. Mesmo assim, ela não abriu mão do auxílio-moradia de R$ 2.500 por mês.

O truque do registro em outro Estado e a apropriação questionável dos R$ 2.500 são as dúvidas mais leves que pairam sobre o casal. Antônia responde a sete ações no Acre: compra de voto, falsidade ideológica, fraude processual, formação de quadrilha, peculato, uso de caixa dois e falso testemunho. Um pedido de prisão preventiva chegou a ser aprovado em 2010. Os desembargadores entenderam que ela tinha fornecido endereço falso para se livrar de intimações e atrasar processos. Entre eles está um em que é acusada de distribuir 1.200 litros de combustível numa carreata.

Silas não é menos enrolado. Ele foi investigado pela Polícia Federal (PF) a pedido da Justiça Eleitoral do Amazonas. Escutas desvendaram as peripécias do casal nas campanhas simultâneas. O caso mais grave foi em setembro, quando a PF prendeu Heber e Milena Câmara, filhos do casal que estavam com R$ 475 mil sem origem declarada. O Ministério Público diz que o dinheiro tinha sido enviado pelo marido, do Amazonas, para a campanha da mulher, no Acre. Seria gasto com a compra de votos e despesas de caixa dois.
 
As escutas mostram que Antônia e Silas se assustaram, mas não se intimidaram com a prisão dos filhos. Por telefone, ela deu a notícia ao marido: “Nossos dois filhos foram presos na PF”. Ele perguntou sobre a acusação. Resposta: “Não sei. Pode (ser o) dinheiro?”. Silas concluiu: “Pode. Estou orando que não seja”. A oração não funcionou. A prisão foi mesmo por causa do dinheiro.
 
Há dez anos, Silas é réu em um processo que corre em segredo no Supremo Tribunal Federal (STF). Em 2009, também foi denunciado por falsidade ideológica e uso de um RG falso em procurações e alterações de contratos sociais de uma empresa da qual era sócio. Se for condenado, perde o mandato e pode pegar até cinco anos de prisão.
 
Silas e Antônia têm quatro filhos. Os mais velhos dirigem a TV Boas Novas e uma rede de rádio no Amazonas e no Acre. É o maior conglomerado de comunicação evangélica do Norte, mas Silas e Antônia não constam como dirigentes. Segundo a PF, o casal usava as emissoras ilegalmente para fazer campanha. Silas cometeu outras ilegalidades que podem resultar em cassação. Entre elas, permitiu que a mulher usasse um celular da Câmara na campanha.
 
Questionado sobre as denúncias, o casal respondeu por meio de uma nota única, como se fosse uma entidade. Eles dizem que o dinheiro apreendido com os filhos não era deles. Sobre o processo no STF, Silas alega inocência. “As acusações têm origem em denúncias absolutamente improcedentes, maquinadas há mais de dez anos por adversário político com interesses paroquiais”, diz.
 
Data: 14/2/2011 08:52:23
Fonte: Revista Época