FATHEL - FACULDADE THEOLÓGICA

quarta-feira, fevereiro 24

Divorciando-se da Teologia da Prosperidade


Após mais de 30 anos de casamento, o pastor televangelista da Teologia da Prosperidade Benny Hinn está a caminho do tribunal do divórcio.O Ministério Benny Hinn confirmou nesta quinta-feira que sua mulher, Suzanne Hinn, arquivou um pedido de divórcio no Tribunal de Orange County em 1 de fevereiro. Ela citou diferenças irreconciliáveis.Apesar do casal ter se separado em 26 de janeiro, de acordo com documentos judiciais, a organização divulgou um comunicado expressando que Benny Hinn está chocado frente aos acontecimentos."Pastor Benny Hinn e seus familiares imediatos ficaram chocados e entristecidos em saber desta notícia, sem qualquer aviso prévio", disse Don Price, conselheiro sênior de longa data do Ministério Benny Hinn. "Embora o Pastor Hinn fielmente tem se esforçado para trazer a cura para seu relacionamento, esses esforços falharam e foram recebidos com a petição de divórcio, que foi arquivado sem aviso prévio."Ele tem viajado ao redor do mundo com suas cruzadas de "milagres". Os relatórios de cada evento indicam que são dezenas de curas físicas, embora Hinn tenha admitido a ABC News que não possui a comprovação médica.Ele também disse à ABC que não tem dúvidas sobre o estilo de vida confortável que mantém - um jato particular, estadias em hotéis cinco estrelas e uma mansão multi-milionária."Olha, você sabe que há essa idéia que nós pregadores supostamente deveriamos andar de sandálias e bicicletas de passeio. Isso é um absurdo", disse ele.Hinn está atualmente sob investigação do Senado por má conduta financeira.

Com informações do Christian
PostImagem: Internet

terça-feira, fevereiro 16

PERDOEM-ME O DESGOSTO! ...ESTÁ INSUPORTÁVEL!
Perdoem-me, irmãos, eu confesso a tão aguardada confissão de minha boca. Sim, eu confesso que não posso mais deixar de declarar a minha alma. Para mim é questão de vida ou morte. Perdoem-me, irmãos, mas eu preciso confessar.

Sim, eu confesso…

Está insuportável. Se eu não abrir a minha boca, minha alma explodirá em mim.

É insuportável ligar a televisão e ver o culto que se faz ao Monte Sinai, que gera para escravidão. Os Gálatas são o nosso jardim da infância. Nós nos tornamos PHDs do retrocesso à Lei e aos sacrifícios. Pisa-se sobre a Cruz de Cristo em nome de Jesus. Insuportável! Seja anátema!

É insuportável ver o culto à fé na fé, e também assistir descarados convites feitos em nome de Deus para que se façam novos sacrifícios, visto que o de Jesus não foi suficiente, e Deus só atende se alguém fizer voto de freqüência ao templo, e de dinheiro aos sacerdotes do engano e da ganância. Insuportável!

É insuportável assistir ao silêncio de todos os dantes protestantes—e que até hoje ofendem os cultos afro-ameríndios por seus sacrifícios, sendo que estes ainda têm razão para sacrificar, visto que não confessam e não oram em nome de Jesus—ante o estelionato feito em e do nome de Jesus, quando se convida o povo para sacrificar a Deus, tornando o sacrifício de Jesus algo menor e dispensável. Insuportável!

É insuportável ver o povo sendo levado para debaixo do jugo da Lei quando se ressuscitam as maldições todas do Velho Testamento, e que morreram na Cruz, quando Jesus se fez maldição em nosso lugar. Insuportável!

É insuportável ver que para a maioria dos cristãos a Lei não morreu em Cristo, conforme a Palavra, visto que mantêm-na vigente como “mandamento de vida”, mas que apenas existe para gerar culpa e morte, também conforme a Escritura. Insuportável!

É insuportável ver e ouvir pastores tratando a Graça de Deus como se fosse uma parte da Revelação, como mais uma doutrina, sem discernir que não há nada, muito menos qualquer Revelação, se não houver sempre, antes, durante, depois, transcendentemente e imanentemente, Graça e apenas Graça. Misericórdia!

É insuportável ver a Bíblia sendo ensinada por cegos e que guiam outros cegos, visto que nem mesmo passaram da Bíblia como livro santo, desconhecendo a Revelação da Palavra da Graça do Evangelho de Deus. Insuportável tristeza!

É insuportável ver que os cristãos “acreditam em Deus”, sem saber que nada fazem mais que os demônios quando assim professam, posto que não estamos nesta vida para reconhecer que Deus existe, mas para amá-Lo e conhecê-Lo. Insuportável desperdício!

É insuportável enxergar que a mensagem do Evangelho foi transformada em guia religioso, no manual da verdade dos cristãos, mais uma doutrina da Terra. Insuportável humilhação!

É insuportável ver os que pensam que possuem a doutrina certa jamais terem a coragem de tentar vivê-la como mergulho existencial de plena confiança, mas tão somente como guia de bons costumes e de elevados padrões morais. Insuportável religiosidade!

É insuportável ver gente tentando “estudar Deus”, e a ensinar aos outros a “anatomia do divino”, ou a buscar analisar Deus como parte de um processo, no qual Deus está aprendendo junto conosco, não sabendo tais mestres que são apenas fabricantes de ídolos psicológicos. Insuportável sutileza!

É insuportável ver que há muitos que sabem, mas que nada dizem; vêem, mas nada demonstram; discernem, mas em nada confrontam; conhecem, mas tratam como se nada tivesse conseqüências… Insuportável…

É insuportável ver que se prega o método de crescimento de igreja, não a Palavra; que se convida para a igreja, não mais para Jesus; e que a cada cinco anos toda a moda da igreja muda, conforme o que chamam de “novo mover”. Insuportável vazio!

É insuportável ouvir pastores dizendo que o que você diz é verdade, mas que eles não têm coragem de botar a cara para apanhar, mesmo que seja pela verdade e pela justiça do evangelho do reino de Deus. Insuportável dissimulação!

É insuportável ver um monte de homens e mulheres velhos e adultos brincando com o nome de Deus, posando de pastores, pastoras, bispos, bispas, apóstolos e apostolas, sendo que eles mesmos não se enxergam, e não percebem o espetáculo patético no qual se tornaram, e o ridículo de suas aspirações messiânicas estereotipadas e vazias do Espírito. Insuportável jactância e loucura!

É insuportável ver Jesus sendo tratado como “poder maior” e não como único poder verdadeiro. Insuportável idolatria!

É insuportável ver o diabo ser glorificado pela freqüência com a qual se menciona o seu nome nos cultos, sendo que Paulo dele falou menos de uma dúzia de vezes em todas as suas cartas, e as alusões que Jesus fez a ele foram mínimas. No entanto, entre nós o diabo está entronizado como o inimigo de Cristo e o Senhor das Culpas e Medos. E, assim, pela freqüência com a qual ele é mencionado, ele é crido; e seu poder cresce na alma dos humanos, a maioria dos quais sabe apenas do Medo da Lei, e nada acerca da Total Libertação que temos da Lei e do diabo na Graça de Jesus, que o despojou na Cruz. Insuportável culto!

É insuportável ver seres humanos sendo jogados fora do lugar de culto por causa de comida, bebida, cigarro, roupa, sexualidade, ou catástrofes de existência. Isto enquanto se alimenta o povo com maldade, inveja, mentira, politicagem, facções, e maldições. Insuportável é coar o mosquito e engolir o camelo!

É chegada a hora do juízo sobre a Casa de Deus!

De Deus não se zomba, pois aquilo que o homem semear, isto também ceifará. A eternidade está às portas. Então todos saberão que não minto, mas falo a verdade, conforme a Palavra do Evangelho de Jesus.

Com tremor e temor, porém certo da verdade de Jesus,

Caio.

sexta-feira, fevereiro 12

Denzel Washington - Mantendo a fé


Denzel Washington é muito mais do que apenas um superstar, ganhador de Oscar. Ele é um cristão que leva a sério o seu papel ... mesmo que isto signifique um pouco de sangue, como em seu novo filme: Book of Eli.
Denzel Washington é um dos mais bem sucedidos e respeitados atores de Hollywood. Mas o vencedor de duas estatuetas do Oscar (em 1989 e 2001 de Glória de Dia de Treinamento) é também um dos mais atuantes cristãos de Hollywood.
Filho de um pastor pentecostal de Mount Vernon, Nova York, Denzel, aos 55 anos, há mais de 30, tem participado ativamente da igreja West Angeles Church of God in Christ, lê sua Bíblia todas as manhãs, e sempre escolhe papéis em que pode “passar” uma mensagem positiva ou o reflexo de sua profunda fé pessoal.
A fé está em todo lugar no novo filme pós-apocaliptico de Denzel: The Book of Eli, que estreou sexta-feira e está sendo promovido com outdoors com os trocadilhos “B-ELI-EVE” (Acredite) e “D-ELI-VER US.” (Salve-nos). No filme, Denzel assume o papel de um viajante misterioso que tem um facão como arma, chamado Eli, dirigido por Deus para proteger a última cópia da Bíblia existente na Terra - isso mesmo, a Bíblia - e levá-la para o ocidente, para protegê-la de bandidos que procuram usá-la como uma “arma” de controle.
O personagem de Denzel no filme utiliza a violência intensamente - esquartejando os bandidos em cada esquina -, mas que começa a se sensibilizar quando conhece uma garota inocente (Mila Kunis), que o lembra que podemos ficar tão presos em proteger a Palavra de Deus que, por vezes esquecemos-nos de vivenciá-la.
Para Denzel, “vivenciá-la” é essencialmente caracterizado pelo amor e sacrifício. A mensagem final de Eli, diz ele, é “faça mais pelos outros do que você faria para si mesmo”. Esta uma mensagem que Denzel sempre ouviu desde criança.
“Oramos a respeito de tudo, todos os dias”, disse Denzel a membros da mídia religiosa na semana passada, em Los Angeles. “E sempre terminamos com 'Amém. Deus é amor'. Eu imaginava que 'Deus é amor' era apenas uma expressão. Levei muito tempo para aprender o que realmente significava. Eu não me importo com o livro que você lê ou no que você acredita, se você não tiver amor, se você não amar o seu próximo, então você não tem nada”.
Embora Denzel não seja um grande fã da palavra “religião”, e se abstenha de qualquer posicionamento do tipo “Eu estou certo, você está errado”, ele não se envergonha de falar, sem rodeios, sobre sua fé cristã.
“Eu creio que Jesus é o Filho de Deus”, diz ele. “Eu fui batizado no Espírito Santo. Eu sei que isso é real. Eu estava numa sala. Meu rosto 'explodiu', chorei como um bebê, e aquilo quase me 'matou de susto'. Um tipo de medo que chacoalhou minha vida. Vou ser honesto com você, levantei-me e segui na direção oposta daquela que deveria. Eu não sabia o que estava acontecendo. Foi muito forte. Levei muitos anos para dar meia-volta”. Leia +.
Brett McCracken, na Christianity Today.tradução: Whaner Endo

O ESPÍRITO CALVINISTA E O ESPÍRITO BRASILEIRO

Por Antônio Carlos Costa
Há algum tempo chegou-me às mãos o livro – A Riqueza e a Pobreza das Nações, escrito por David S. Landes, professor emérito de história e economia política na Universidade de Harvard. Seu propósito ao escrever foi o de tentar responder a difícil e necessária questão: por que algumas nações são ricas e outras são pobres?Landes, pôde perceber nas suas pesquisas, que há certa uniformidade no comportamento das nações pobres e das nações ricas. Esses destinos diferentes não podem ser atribuídos ao acaso. Existem razões para a riqueza e a pobreza dos povos. Estas explicações têm relação direta com o nível de assimilação por parte dessas mesmas nações de certas leis, que são conducentes ao desenvolvimento de um país. Ao mesmo tempo, leis que se não forem respeitadas, fazem com que países inteiros paguem um tributo social altíssimo.Sendo assim, convém salientarmos o primeiro ponto: nessa busca por explicações com base na realidade dos fatos, o escritor da renomada universidade, encontrou um comportamento uniforme, conforme já mencionei, tanto nas nações que se tornaram ricas, quanto nas nações que se tornaram pobres. As causas são múltiplas - clima, geografia, papel do estado, educação, abertura intelectual, curiosidade, espírito empreendedor, capacidade de aperfeiçoar as coisas, iniciativa privada, entre outros tantos fatores mais. Entre eles, a religião. É este o ponto que gostaria de enfocar.Nas suas análises comparativas entre os povos ricos e pobres, Landes encontrou diferenças em termos de prosperidade entre as próprias nações européias. Essas diferenças não fazem parte apenas dos contrastes existentes entre primeiro, segundo e terceiro mundo. Elas existem na Europa. Chamou sua atenção o fato do sul do continente europeu não ter alcançado o mesmo tipo de progresso que foi atingido pelo norte. Como explicar o atraso de Portugal e Espanha (agora minimizado pela inclusão de ambos na União Européia)? Nações que um dia foram as donas dos oceanos. Exploradoras de territórios imensos no mundo todo. Não se curvando a tese de que o clima representa a melhor explicação (já que há diferenças climáticas entre ambas as regiões, o norte mais frio do que o sul) – “Esses estereótipos contêm um grama de verdade e um quilo de pensamento indolente”, Landes acredita que a melhor solução para questão tem relação com a emergência do protestantismo, especialmente o de linha calvinista na Europa setentrional.O escritor americano começa por mencionar a explicação dada pelo cientista social alemão Max Weber. Ao publicar em 1904-1905 – A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, Weber expressou o seguinte ponto de vista, apresentado resumidamente por Landes: “o protestantismo – mais especificamente, suas ramificações calvinistas – promoveu a ascensão do capitalismo, ao definir e sancionar uma ética de comportamento cotidiano que conduzia ao sucesso nos negócios”. Para Landes, o calvinismo produziu um código secular de comportamento: trabalho perseverante, honestidade, seriedade, uso parcimonioso do dinheiro e do tempo (ambos concedidos por Deus) – “Todos esses valores ajudam os negócios e a acumulação de capital, mas Weber sublinhou que o bom calvinista não visa às riquezas... a tese de Weber é que o protestantismo produziu um novo tipo de homem de negócios, um diferente tipo de pessoa, que tinha por objetivo viver e trabalhar de um certo modo. Esse modo é que era importante e a riqueza seria, quando muito, um subproduto”.Landes menciona como exemplo, as atitudes protestante e católica em relação aos jogos de azar no começo do período moderno: “Ambas o condenaram, mas os católicos condenaram-nos porque uma pessoa poderia perder (perderia) e nenhuma pessoa responsável comprometeria seu bem-estar e o de outros dessa maneira. Os protestantes, por outro lado, condenaram os jogos porque uma pessoa poderia ganhar, e isso seria ruim para o seu caráter”. Ele traz a memória de todos, o ponto de vista sobre a ética puritana do historiador social inglês R. H. Tawney no seu livro – Religião e Ascensão do Capitalismo: “Esta protegeu os comerciantes e fabricantes contra as pedras e flechas de desprezo das classes altas e seus códigos de bom-tom. Deu-lhes um sentimento de dignidade e virtude, um escudo num mundo de preconceitos anticomerciais. E assim, não cedendo a tentação do ócio aristocrático, os bons calvinistas mantiveram-se fiéis à sua tarefa de geração para geração, acumulando riqueza e experiência pelo caminho”.Já o sociólogo Robert K. Merton, argumentou a favor da existência de um vínculo direto entre o protestantismo e o nascimento da ciência moderna. Landes lembra que não foi Merton o primeiro a defender essa tese – “No século XIX, Alphonse de Candolle, de uma família huguenote de Genebra, procedeu a um levantamento segundo o qual dos 92 membros estrangeiros eleitos para a Academia de Ciências francesa no período de 1666-1866, 71 eram protestantes, 16 católicos e os cinco restantes judeus ou de filiação religiosa indeterminada – isto numa população de 107 milhões de católicos e 68 milhões de protestantes fora da França. Uma contagem semelhante de membros estrangeiros da Royal Society de Londres em 1829 e 1869 mostrou igual número de católicos e protestantes num conjunto em que os católicos superavam numericamente os protestantes em mais de três para um”.Para os que julgam as teses de Weber implausíveis ou inaceitáveis, Landes apela para os dados empíricos sacados da história: “... a documentação nos mostra que mercadores e fabricantes protestantes desempenharam um papel destacado no comércio, nos negócios bancários e na manufatura. Nos centros fabris (fabriques) da França e da Alemanha Ocidental, os protestantes eram tipicamente os empregadores, e os católicos os empregados. Na Suíça, os cantões protestantes eram os centros da indústria manufatureira de exportação (relógios, maquinaria, têxteis); os católicos eram primordialmente agrícolas. Na Inglaterra, que em fins do século XVI era preponderantemente protestante, os dissidentes (leia-se calvinistas) eram ativos e influentes, de um modo desproporcional, nas industrias fabris e nas forjas da nascente Revolução Industrial”.Landes não se contenta apenas com a apresentação das provas empíricas. Ele parte para o nível teórico também: “A questão essencial consiste, com efeito, na criação de um novo tipo de homem – racional, metódico, diligente, produtivo. Essas virtudes, embora nada tivessem de novas, tampouco se podia dizer que fossem moeda corrente. O protestantismo generalizou-as entre os seus adeptos, que julgavam uns aos outros pela conformidade a esses padrões... características especiais dos protestantes refletem e conformam essa ligação... a ênfase sobre a instrução e a cultura, tanto para moças quanto para rapazes. Isso era um subproduto da leitura da Bíblia. Esperava-se que os bons protestantes lessem a Sagrada Escritura para si mesmos. (À guisa de contraste, os católicos foram catequizados mas não tinham que ler, e eram explicitamente desencorajados a ler a Bíblia.) O resultado: maior número de pessoas instruídas e um maior pool de candidatos para a escolaridade de níveis superiores; também maior garantia de continuidade de instrução de geração para geração. Mães instruídas fazem a diferença”.Foi impossível continuar a leitura do livro sem parar para pensar no Brasil. E temos que admitir – parar para pensar sobre o Brasil é parar para pensar sobre a história de um dos maiores desperdícios que a humanidade já viu. Desperdício de terra, beleza natural, circunstâncias históricas favoráveis e patrimônio humano. Sim, o Brasil é um desperdício. Desperdício de terra. Poluímos nossos rios, sujamos nossas praias, devastamos nossas florestas. Desperdício de beleza natural. Parte do que era belo se tornou feio ao ter contato com o povo brasileiro. Nossas cidades não estão à altura da formosura da natureza que nos cerca. São cidades sujas, sem graça, mal planejadas e cercadas de favelas. Desperdício de circunstâncias históricas favoráveis. Não passamos por nenhuma tragédia natural, nossa nação jamais soube o que significa ter que se erguer da devastação de uma guerra, nossos campos jamais se recusaram dar-nos o pão. Encontramos, contudo, pessoas vivendo na miséria no Brasil. A nação onde mais se mata, onde pune-se menos. A primeira em defasagem social. Não há país com tamanho fosso entre ricos e pobres. Desperdício de patrimônio humano. Somos milhões. Resultado de uma história da miscigenação racial das mais lindas da trajetória humana. Alemães, italianos, japoneses, portugueses, árabes, índios, africanos, poloneses, todos morando num mesmo país, falando uma mesma língua, casando uns com os outros e trazendo para nosso país toda sua riqueza genética e cultural. Mas, percebe-se que no contato com a nossa terra as coisas parecem se atrofiar. São milhões de brasileiros que recusam-se a estudar. Uma perda irreparável de neurônios. Domesticados por uma cultura que ensina a mentir, a ser impontual, a deixar para amanhã o que deve ser feito hoje, a trabalhar de modo desleixado, entre tantas mazelas mais que envergonham, ou deveriam envergonhar a todos nós.Jogamos a culpa na genética (como se fôssemos uma sub-raça), na globalização (como se ela fosse responsável pelo desabamento do metrô de São Paulo e da marquise de um hotel em Copacabana), nos países desenvolvidos (quando vemos a Coréia do Sul e o Chile não precisando se fazer valer dessa espécie de racionalização), na colonização (como se os portugueses tivessem deixado de conduzir os rumos do país no mês passado), em karma (crença infeliz, que nos leva a dizer que nessa vida pagamos pelos erros praticados numa vida da qual não nos lembramos). Em suma, nos recusamos a encarar nossas deformidades. Julgamo-nos o povo gente boa, apesar de sermos os campeões mundiais em assassinato e disparidade social.Não há como deixar de pensar na igreja. Os evangélicos. Povo ao qual pertenço e que Deus usou para levar-me a Cristo. Por que a igreja evangélica brasileira tem se demonstrado incapaz de salvar o brasileiro do Brasil? Qual a razão de vermos em nossas igrejas pessoas mais brasileiras do que cristãs? Onde estão os resultados históricos que costumam fazer parte da passagem do protestantismo por uma nação?Quero dizer que tenho esperança. Eu não estou aqui para reclamar da vida. Não suporto a crítica que não vem acompanhada de resposta. Não é da essência da fé cristã fazer apresentação de problemas sem apresentar esperança. Minha esperança consiste no sonho de um dia ver o calvinismo - "o cristianismo que se achou" - entrar no sangue do povo evangélico brasileiro. Nesse dia a igreja haverá de ser salva do Brasil e o Brasil salvo de si mesmo.

O DÍZIMO NÃO É BÍBLICO

Pergunta: Pastor Antônio Carlos, gostaria de saber mais a respeito do dízimo. Creio que é bíblico e aplicável aos dias de hoje, porém outro dia ouvi que o dízimo era só para o antigo testamento e que não havia fundamento no novo testamento. Isto está certo?O dízimo não é bíblico. Ele está na Bíblia, mas no contexto do templo e da antiga aliança. Não há mais templo e a antiga aliança deu lugar à nova aliança no sangue de Cristo.Sendo assim, sabemos que os crentes do Antigo Testamento contribuíam para a manutenção de uma instituição central para a espiritualidade judaica. Isso significa que havia um princípio no Antigo Testamento de contribuição para uma instituição que visava nutrir espiritualmente a nação. Esse princípio assumia uma forma concreta na entrega do dízimo no templo.Acontece que, esse princípio, permanece no Novo Testamento, que não fala sobre dízimo para o período posterior à destruição do templo, mas fala sobre crentes enviando ofertas para a manutenção do templo vivo chamado, igreja.Falar sobre a caducidade do dízimo, sem falar sobre o princípio da contribuição - presente no Antigo Testamento e enfatizado no Novo Testamento -, é ensinar a igreja da nova aliança a ser menos generosa do que a igreja da antiga aliança. Não é admissível que, aquele que ensina sobre o fim do dízimo, o faça para que as pessoas se tornem mais avarentas do que já são.Como pode permanecer o amor de Deus, sobre a vida de uma pessoa, que sabe que a igreja depende dessas ofertas para sobreviver, e cerra sua mão, deixando que uns poucos fiquem sobrecarregados com a manutenção de trabalho tão essencial para os propósitos de Deus para a vida da humanidade? Através dessa ajuda generosa, pobres são socorridos, ministros podem se preparar para o exercício do ministério sagrado, funcionários são mantidos, missionários sustentados no campo e a própria estrutura física da igreja mantida.Dar menos do que o dízimo, e viver um vida inferior a daqueles que não tiveram acesso aos incomparáveis privilégios do crentes pós-morte e ressurreição de Cristo - é trágico sob todos os aspectos. Especialmente quando no lembramos que, devido às ofertas dos crentes do passado, a mensagem do evangelho chegou até à sua e à minha vida.Em suma, o dízimo não é bíblico. O que é bíblico é a consagração de tudo o que temos e somos para a glória de Deus

MEC proibe cursos à distância em 5 entidades


SÃO PAULO - O Ministério da Educação anunciou na quarta-feira, 10, que proibiu o ingresso de estudantes em cinco instituições de educação superior a distância.
De acordo com o ministério, as entidades desobedeceram a legislação que regula a educação a distância e abriram cursos em pelo menos 108 polos — correspondem a cerca de 10 mil vagas — sem credenciamento no Ministério da Educação.
Leia também:
As instituições são: Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro; Centro Universitário de Maringá (Cesumar), no Paraná; Faculdade do Noroeste de Minas (Finom); Universidade Paulista (Unip) e Universidade de Santo Amaro (Unisa), ambas em São Paulo.
As irregularidades foram identificadas pela equipe de supervisão e regulação da Secretaria de Educação a Distância (Seed) do MEC. As instituições têm prazo de dez dias para esclarecer as medidas tomadas e para a correção das irregularidades. Os alunos que fizeram inscrição para este primeiro semestre e participaram do processo seletivo não podem fazer os cursos.
O MEC conta com um sistema de consulta de instituições credenciadas e explica que o estudante deve fazer essa consulta para evitar a matrícula em locais irregulares. Desde 2008, estão sendo supervisionadas 38 instituições que atendem 693.360 alunos, 81% do total de 856 mil estudantes de educação a distância do país.